quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Almoço de Domingo

Aos Domingos, de vez em quando, costumamos ir almoçar fora,  sempre em carros separados, quando é a meia dúzia de km´s de nossa casa. Geralmente vou à frente, para guardar mesa. Podíamos almoçar em Restaurantes com melhor aspecto interior, com uma decoração melhor, mas eu prefiro os restaurantes, onde a comida está sempre pronta a sair, aqueles que são tipo uma adega.  O restaurante onde almoçamos na zona do Norte fica em Terronhas ( na estrada que vai para Recarei, em frente à capela de Terronhas ), chamado Quinta da Amiosa. É um restaurante que gostamos, pois não esperamos meia hora pelo almoço e além disso é barato, pois peço sempre meia dose ou uma dose, diferente da comida dos meus Pais. Eu e os meus Pais tivemos a mesma ideia, quando saímos do restaurante. Como saí primeiro, peguei no meu carro e fiz o caminho de Bustelo, pois a minha mãe deu aulas em Bustelo, por mais de 20 anos,  onde foi quase sempre directora de escola. Doeu-me o coração quando cheguei ao pé da escola, pois deu-se ali um incêndio à volta da escola. Estava tudo queimado. Parei uns minutos ao pé da escola. Estava em obras e estavam pessoas lá dentro. Entrei no carro e segui por Bustelo acima. Fui nas calmas, devagar, para sentir de novo a beleza daquela aldeia. Lembro-me quando tinha 5, 6 anos. O velho carteiro, o senhor Reis, deixava a mota ao pé da escola e levava-me sempre com ele, quando ia distribuir as cartas. Lembro-me da simpatia, do carinho dele. Deixava-me na dona Vitória, a senhora que foi minha Ama, durante uns anos. Tenho saudades do senhor Reis. Já me disseram onde ele vivia. Ouvi dizer que ele estava doente, mas também ouvi dizer que tinha falecido. Um dia vou ao pé da casa dele, para ver se ainda é vivo e para lhe dar um abraço. Lembro-me sempre das pessoas especiais e este senhor é um deles. 

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