Abraços que não se pagam com dinheiro nenhum.

Olá, boa tarde, como se sentem?

Muita chuva pelas vossas cidades?  Aqui na pequena cidade onde trabalho, tem chovido torrencialmente e em Valongo, também chove muito.

Ontem, uma amiga nossa ligou à minha Mãe a dizer que ia passar uns dias a nossa casa. É viúva e tem o filho, nora e neto a residirem no Porto. Quando vem de Bragança, fica uns dias lá em casa.
Conheço-a desde pequeno e para mim é sempre um prazer ter uma amiga lá por casa. É como se fosse minha tia, mesmo que não tenhamos laços de sangue. A minha Mãe e ela conheceram-se há muitos anos, nos primeiros anos em que começaram a dar aulas e desde aí a amizade deu um bom casamento. E os meus Pais são padrinhos de uma sobrinha dessa nossa amiga.
Eu escrevo este texto, para dizer que felizmente sempre tive o privilégio dos mais pequenos irem com a minha cara. Os meus primos do Marco, quando me apanham, querem sempre que eu participe nas brincadeiras que eles fazem e eu lá lhes faço a vontade. O neto da minha amiga, tem 3 anos. Entrou em minha casa e começou por perguntar, que carro é que eu tinha. E eu estive a mostrar-lhe o carro.

Dei-lhe um iogurte ( ele tinha comido dois em casa dele ) e ele comeu metade. Passado um bocado, achei piada quando ele me disse ao ouvido " tenho fome " e eu disse-lhe " infelizmente, a dona Isabel não me compra bolachas de chocolate, diz que faz mal e por causa disso não tenho daquelas bolachas que gostamos " e ele a seguir perguntou " tens pintarolas ou gomas ? " e eu disse-lhe que não. Fui ao café, mas lá não tinha pintarolas. Trouxe gomas e um pai natal de chocolate. Cheguei a casa e eu disse-lhe em tom de brincadeira: comprei-te gomas mas não as vais poder comer já, pois só vais comer isto tudo, depois de comeres um bom prato de sopa, coada, que ali tenho. Pensei que ele me fosse mandar bugiar, mas disse logo que sim, que iria comer a sopa. Como a mãe dele não tinha vindo, colocamos a mesa e jantaram por lá. O menino comeu tudo. Queria-se sentar-se ao pé de mim à mesa. Depois do jantar disse baixinho " Nuno, tenho vontade de fazer cocó. estou  quase a fazer nas cuecas " e eu disse aquilo ao Pai, mas não quis que o pai lhe tocasse e não disse ao pai o que me tinha dito a mim. Quis que ficasse no wc com ele. Afinal, só urinou.  Achei  uma ternura, o pequenito. Já o tinha visto há um ano, mas nessa altura ainda não falava muito. Só queria estar comigo. Pediu que lhe pegasse ao colo e quando foi para o carro dele, disse " Nuno, dá-me um xi-coração " e eu abracei-o como se fosse meu. Gostei do pequenito e do facto de ele ser muito ternurento.

Gosto de crianças e é por isso que não entendo como existem tantas pessoas a fazerem mal às crianças, como são capazes de matar os seus filhos, como se matam e aos seus filhos, como os raptam, como são cruéis.  As mulheres e as crianças devem de ser muito amadas. Digo isto, porque existem casais, em que uma das partes se esquece o significado do casamento, do companheirismo, do amor, do romantismo que deveria de existir e que não existe, de tudo o que envolve o casamento. Se um dia me casar, vou ter de me lembrar bem disto que escrevi.

Cumprimentos